segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A importância do brincar

Brincar na Educação Infantil

Data: 06/09/2013

Fase 3A - Manhã - Professora Ana Paula F. Sabino

Brincar é algo que se ensina?

CYRCE ANDRADE - Sim, é uma aprendizagem social. Quando um bebê bate uma mão na outra, trata-se de um gesto casual. Mas, se alguém repetir o movimento, dá intencionalidade lúdica e aí, sim, ele se transforma em brincadeira. É necessário estabelecer uma relação com o outro. Mas não é só o adulto que ensina. Crianças convivem entre si e trocam experiências a respeito.

LINO DE MACEDO - Brincar é mais que aprender, é uma experiência essencial, um modo de decidir como percorrer a própria vida com responsabilidade. Para as crianças, o brincar e o jogar são modos de aprender e se desenvolver. Não importa que não saibam disso. Ao fazer essas atividades, elas vivem experiências fundamentais. Daí porque se interessam em repeti-las e representá-las até criarem ou aceitarem regras que possibilitem compartilhar com colegas e brincar e jogar em espaços e tempos combinados. Por que jogar e brincar pede a repetição? Esses desafios encantam pelo prazer funcional de sua realização. Mesmo que se cansem, as crianças querem (esperam) continuar jogando e brincando. Há um afeto perceptivo, ou seja, algo que agrada ao corpo e ao pensamento. Até o medo e a dor ficam suportáveis, interessantes, porque fazem sentido. Por isso, trata-se de uma experiência que pede repetição por tudo aquilo que representa ou mobiliza. Graças a isso, aprendemos a identificar informações ou qualidades nas coisas ou em nós mesmos - para reconhecer coisas agradáveis e desagradáveis e, assim, variar as experiências e combiná-las das mais variadas formas.





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